MATÉRIAS

quinta-feira, 26 de maio de 2011

TRABALHANDO COM CLAQUETE



A claquete é um item importante em qualquer produção, porém pouco utilizada. A maioria dos produtores de vídeo desconhecem seu uso. Minha equipe usa corriqueiramente há mais de 8 anos e posso afirmar que, depois que se domina a tabuinha de madeira, você não vai mais saber trabalhar sem ela. Com a claquete sua equipe de externa poderá dominar todas as fases de uma produção, e na hora da decupagem, ir direto para as cenas boas ou as que valeram.


A claquete só vale para produção de Doc, curtas, filmes e VTs. Para sociais, esqueça.
O uso dela está diretamente ligado ao roteiro. Na verdade, ela é o esteio chave para o bom funcionamento do roteiro. Vejamos como se divide e se aplica a claquete:

Existem vários formatos de claquetes com divisões diferentes. Vamos analisar especificamente os espaços do modelo ilustrado a seguir, que é bem funcional.





Produção: Onde se escreve o título da peça.

Diretor: Onde se escreve o nome do diretor.
Estúdio:  Onde se escreve o nome da produtora.

Agora vem o ponto mais funcional desse equipamento

Câmera ou rolo: No caso da produção, é onde se indica o número da fita ou cartão que se está sendo utilizada na câmera. Se houver uma ou mais câmeras, coloque o nº dela.
Cena: é onde se indica, de acordo com o roteiro, o número da cena a ser gravada.
Plano: é onde se indica, de acordo com o roteiro, o número do plano a ser gravada.
Tomada: Este é o pulo do gato da claquete.
Até então todas as indicações descritas na claquete são de informações daquilo o que se vai gravar. Mas o espaço “tomada” da claquete é para indicar os planos das cenas que interessaram ao diretor.

De posse dessas informações, vejamos como tudo isso se aplica na produção. Vamos exemplificar com o nosso roteiro hipotético como utilizar a estrutura de claquete.
Façamos um paralelo da claquete como se estivesse sendo utilizada em nosso roteiro.

A claquete mostra que está sendo captada a Cena 03 (que já está especificada no roteiro);
Desta cena está sendo captado o Plano 01 (também já faz parte do roteiro);
E deste Plano Já foram feitas 5 Tomadas (É aqui que o diretor anota na hora).

Das cinco ou mais tomadas captadas o diretor vai escolher as melhores para edição. Essa escolha é feita no ato da captação. Isso facilita o momento da edição em dois aspectos:

1.      Para a edição vão apenas as cenas boas, diminuindo o número de material bruto em ilha.
2.      Diminui também o tempo de escolha das cenas, uma vez que não será necessário recorrer ao bruto a cada momento que se precisar de uma cena.

Como exemplo final, no bloco da cena 3, tomada 1, 2 e 3, para concluir o uso da claquete no SET, ao iniciar a captação dos planos que compõe a Cena, o diretor ou seu assistente anota diretamente no roteiro as melhores tomadas de cada plano, como indicadas anteriormente no roteiro. Basta um círculo com caneta que o editor saberá que só aquela cena é a que vale.
Entendido?

Espero ter ajudado em mais uma lição.


Agora um modelo simples e eficiente que meu amigo Valter, produtor de áudio da Globo, usa na novela Cordel Encantado. É um caderno, mais conhecido como clapboard notes.



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