MATÉRIAS

quarta-feira, 30 de março de 2011

VAI FALTAR SONY NO MUNDO

Várias companhias japonesas paralisaram produções após terremoto e tsunami dia 11 de março.


O maior terremoto ocorrido no Japão em 140 anos, seguidos de tsunamis colocaram abaixo 6 enormes fábricas da Sony Corporation, destruindo boa parte de suas instalações, destroçando estoques e paralizando suas atividades.

São duas fábricas em Fukushima, quatro em Miyagi. Uma fábrica em Miyagi produz semicondutores e outras três produzem filme óptico e vários outros componentes. Duas fábricas em Fukushima produzem baterias.
O resultado disso tudo já está refletindo sobre os comerciantes de equipamentos de vídeo do mundo inteiro e sobrando, consequentemente, para nós, videomakers.

Mesmo com diversas fábricas da Sony espalhadas pelo mundo, alguns componentes vitais para a conclusão da montagem de câmeras e eletrônicos vem exatamente do Japão.

Segundo Kleber Alfano, da BH Video Pro, os pedidos de compras devem ser feitos em volume. Significa que sua loja não pode comprar apenas uma peça para atender a determinada encomenda. Tem que acumular pedido. Outro agravante será que com a diminuição da produção, haverá maior procura que a demanda, e imediatamente o aumento de preços.
Kleber sugeriu a quem possui algum modelo de câmera e que está querendo vender para complementar a compra de uma nova, que pense bem. O videomaker poderá se desfazer de seu equipamento e não conseguir comprar outro, ficando sem seu instrumento de trabalho.
Fique ligado!
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TESTE LED BESCOR 50-DA

LED Bescor - A tal da luz fria ainda não me convenceu
Este é um LED de consumo da Bescor da série LED35DA, na qual atualmente encontra-se no número 70 (esta referência é para a potência em watts).
Neste modelo que testei, 50DA, que aliás está descontinuado, são 30 LED de 10mm que produzem 6500 ° kelvin de temperatura e correspondem a uma luminária de 50W.
O iluminador é leve demais e todo de plástico
Confesso a todos que ainda tenho uma antipatia por LED, acho muito caro e pouco eficiente. Para realmente funcionar, somente gastando quase R$ 2.000 nos modelos da Sony e da Comer. Mas ainda tem outro agravante. Se eu for o assunto e algum cinegrafista se aproximar de mim, automaticamente meus olhos reagirão à luz e se fecharão, franzindo a testa e fazendo aquela cara de "mal". A luz do LED machuca minhas vistas. Sou exceção? Pode até ser, mas você vai encontrar mais gente assim.
O iluminador tem corpo todo plástico com fundo de materail reflexivo para aumentar o poder de distância da luz. 
Filtro âmbar para dar uma "bronzeada" na cena
O kit testado tem 02 filtros incluídos que são os seguintes: Transparente claro para reduzir o brilho e suavizar o tom de luzes, evitando aquela estourada tradicional quando estamos próximos demais do assunto. O filtro âmbar serve para produzir uma cor mais suave e natural com uma saída de temperatura de 4.300 °. Ambos são separados do iluminador e não funcionam como bandeira francesa, que ficam fixados no conjunto e à mão para colocar sobre os LED. Da forma que o produto é apresentado, o cinegrafista terá que levar uma das peças no bolso.

Filtro claro para amenizar a incidência de luz no assunto
O LED Bescor usa 04 pilhas AA e dá uma autonomia de 2 horas. É extremamente leve e dá um ar de modernidade quando encaixado na câmera.
O problema maior é a sapata de encaixe que, por ser toda de plástico, o cinegrafista teve ter um cuidado redobrado de não esbarrar em nada, ou ser esbarrado, senão a peça se quebra e lá se vai todo o conjunto no chão. E no tombo, vai ficar igual a celular que escapa da mão e se separa em várias partes. É PT na certa (Perda Total).
4 pilhas AA dão autonomia de 2 horas de luz contínua
Um dimmer na lateral ermite uma regulagem tênue na quantidade de luz
Conclusão
  • A luz branca ainda não me convenceu de sua total eficiência e o filtro âmbar, a verdade, dá uma “bronzeada” no branco.
  • Não adianta insistir. Se a câmera não for de 1 lux, esse LED não atenderá para o que foi feito: iluminar o assunto.
  • O teste que eu fiz foi com a Sony MC2000, parece uma vela iluminando a cena. Fraquinha demais.
  • Com a Sony Z7 e NX5, para iluminação de primeiro assunto (um entrevistado ou casal a uns 2 metros do LED) ainda dá para o gasto.
  • Valor do produto testado: R$ 450,00 (BH Video Pro).
A embalagem e o produto em ação. Nota 10 para beleza, 0 para eficiência

Equipamento cedido pela BH Video Pro. Agradecimento especial a Kleber Alfano, consultor de vendas da empresa.
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sábado, 26 de março de 2011

OS ELEMENTOS-CHAVE DA PRODUÇÃO DE CASAMENTO

Cinegrafista de casamento não deve ser um mero "filmador". Deve ser um bom contador de histórias
Somos mágicos
Cinegrafistas de casamento têm um pouco de magia em seu sangue: Existe o “pulo-do-gato” inserido no negócio que não devemos ficar contando por aí. Afinal a concorrência não quer criar. É mais fácil copiar. Vou quebrar esta regra e dar mais umas dicas para você que precisa saber como gravar um casamento de forma profissional. 

Minha história
Uns bons anos atrás, quando comecei a gravar casamento como hobbie, tive a feliz oportunidade de estar trabalhando em TV e cercado pelos mais competentes produtores, editores e jornalistas do mercado. Lembro que peguei diversas informações de cada um para gravar meu primeiro casamento, cada um deles colocando dentro de um evento tão pessoal a sua visão profissional e expertise de TV. Meu primeiro trabalho foi um sucesso. Faz anos mas até hoje quando encontro o casal eles dizem que se emocionam e que o filme está sempre atual.
De lá pra cá busquei sempre estar à frente de todos e cada vez que vejo aqui em minha cidade um videomaker copiando algo meu, em vez de ficar “pau da vida”, me orgulho de saber que tenho seguidores. Isso acaba sendo um “tiro no próprio pé”. Meu concorrente, coladinho a minha produtora, me copia e acaba disputando meus clientes. Descobri, por acaso, que tem blog me copiando e usando partes de meu texto ou a idéia principal, o enredo....

...mas tem mais Deus pra dar do que o diabo pra tirar.

Ética e profissionalismo
Seja profissional e ético. Se for trabalhar para um amigo, não faça o vídeo como um presente de casamento. Sendo você um profissional e dominando seu conhecimento, cobre um preço justo. Mas cobre. E desconto em nosso ramo significa dizer ao seu cliente: “... É, eu não sou muito bom e meu trabalho não vale o preço que cobro. Te dou um desconto...”.
Desconto é algo que não existe neste ramo. Existe sim uma compensação. Em vez de desconto, dê um implemento a mais na edição, mais um DVD, etc.
Essa é Dica do Blog do Keko!

A gravação de um vídeo de casamento vai ocupar todo o seu tempo durante a cerimônia de casamento e recepção. Ainda assim, você é uma parte essencial da festa de casamento e é seu trabalho capturar toda a essência do evento, e os detalhes farão a grande diferença. Saiba que você tem uma grande responsabilidade sob re seus ombros.

Mergulhando no trabalho
Um vídeo de casamento conta a história de uma pessoa escolher outra e passar o resto de suas vidas juntos. Com um briefing desses nas mãos, o potencial para contar uma grande história de amor está a seu favor. Mas para isso é importante lembrar alguns princípios importantes de uma narrativa e juntar a isso a particularidade de cada casal. Apesar de cada cliente que bate a porta de uma produtora saber muito um sobre o outro, quem irá assistir futuramente, quer sejam familiares, filhos que virão,amigos, todos querem saber mais sobre o casal. Incluindo elementos sobre as suas vidas não só dará uma visão de quem eles são, mas vai criar uma história exclusiva, personalizada. Pegar algumas informações do seu cliente será muito importante. Lembre-se, você está capturando um momento no tempo. O fornecimento de informações, como hobbies e realizações, permitirá o expectador a experimentar realmente o que o casal é a nível pessoal.
Não se esqueça de incluir elementos de outras histórias como a história de fundo, e com abundância de detalhes.
Grandes histórias levam tempo, prática e dedicação ao projeto. Não é algo fácil de se fazer, mas é prazeroso e altamente lucrativo, tirando sua produtora de casamentos da mesmice que se encontram a maioria dos videomakers, que só querem filmar e editar o basicão e ficar reclamando que não conseguem cobrar um preço “justo” por seu trabalho.


Os Elementos-chave
Produzir um bom vídeo de casamento requer criatividade, capacidade técnica e algumas doses de sorte. Problemas podem aparecer na hora da gravação, mas conseguimos sempre resolver se chegarmos com uma margem de tempo para resolvê-los. A dose de sorte fica para o desempenho de nossos “atores”, o casal, que dará o tom e o ritmo das gravações. Então o maior desafio acaba sendo como surpreender o casal com uma bela produção em vídeo. E não é difícil de fazer. A melhor maneira é voltar aos princípios básicos de uma boa história contada.


Existem 5 elementos-chave para toda boa história, tanto em mega produções de cinema, pequenos curtas-metragens ou na mais simples filmagem de casamento. Então passe a considerar esses elementos em sua próxima gravação e verá que todos os casamentos são simplesmente iguais. O que muda é a nossa organização na cobertura do evento. E um pouquinho de pesquisa sobre seus novos clientes.

1. Ambiente
Esse é o local onde a história acontece, tanto na igreja quanto no cerimonial. Procure fazer diversos takes para estabelecer a definição na cabeça do espectador. Mostrar o local, dentro e fora. Use alguns ângulos interessantes e aproveite a luz em diferentes horários do dia. Chegando bem cedo ao local, você pode fixar à câmera em um tripé e gravar uns 40 minutos contínuos de imagem e depois aplicar time remapping a cena. Tudo vai passar rápido, o céu, as pessoas, mas a igreja vai ficar lá, estática. Isto é um dos sentimentos de locação. Outro exemplo, se o casamento for realizado dentro de uma igreja que tem tetos de catedral e vitrais coloridos, certifique-se de fazer alguns takes da janela do lado de fora e também a luz colorida penetrando no interior.
Se o casamento for ao ar livre, registre tudo a sua volta, a mata, o mar, a praia, algum tipo de construção ou tenda, etc. Antecipe a expectativa de seu expectador mostrando a ele pequenas tomadas do local para ele imaginar como vai ficar logo em seguida ao chegar os convidados.


2. Personagens
É a pessoa ou pessoas cuja história você está dizendo. Em um casamento, é claro, seus personagens principais são os noivos. Saiba mais sobre cada um de seus personagens, antes de começar a filmar. Incluir elementos sobre a sua vida vai ajudar o público a conhecê-los melhor. Neste caso inclua algo que você percebeu ao longo de seu contato com eles, fique atento a detalhes. Por exemplo, durante o making of você observou que a noiva é vidrada em seu vestido ou seu sapato branco. Ou está muito nervosa, ou até calma demais. Valorize isso na cena. O noivo tem uma preocupação enorme com o horário, não desgruda os olhos do relógio. Inserir qualquer coisa que possa ajudar o público a sentir como eles se sentem naquele instante coloca todos no mesmo nível pessoal e emocional. A diferença de uma boa produção final e de um cinegrafista para o outro é o feeling de cada um. Isso faz toda diferença na hora de vender o seu produto ao jovem casal que vai assistir ao mostruário. Se eles se emocionarem com o casamento de um estranho, seu produto já está vendido para eles.


3. Flashback (História passada)
O que culminou na história de ambos que agora vai terminar em casamento? O que os dois fizeram para estarem ali hoje, preparando os detalhes de uma grande festa? Aconteceu algum fato relevante que serviram para moldá-los ao que eles são hoje? Houve alguém - a família ou amigos - que teve uma influência particularmente grande nas suas vidas? Como eles se conheceram? Como eles se apaixonaram? 

Legal, mas como vou usar isso na filmagem de casamento? Você pode fazer uma pequena entrevista do casal, separados, depois juntos e entrelaçar seus comentários e opiniões onde um completa a resposta do outro. Esta parte deve ser curta, apenas introdutória, cobrindo parte das falas com fotos de momentos especiais vividos pelo casal, ou mesmo fotos de crianças quando a relação com algum parente foi determinante para moldar sua personalidade. Neste momento você está envolvendo seu público para o filme que se chama “Casal feliz”. 


4. Ambientação
Os acontecimentos na história levam a um efeito emocional ou tema geral. Esse conjunto todo, gravação de depoimentos, filmagem da cerimônia e festa, tudo que você gravou, este é o lugar onde você dá o tom da história e direção. Você terá que encontrar uma maneira de unir todos os outros elementos da história em conjunto, para formar o "enredo". Pode-se usar a voz em “off” capturadas a partir de entrevistas e inserir em algum momento específico. Isso pode ser uma forma eficaz para levar a história adiante. A história deve culminar em uma grande recompensa. No caso de um casamento, é o expectador perceber que viu mais do que um casamento, viu uma história de vida. Pronto, você acabou de fazer a ambientação do filme.


5. Detalhes
Esse é o grande mote que você está transmitindo. Os detalhes buscam a emoção no seu limite máximo e que irão intermediar cada cena, cada momento registrado. Aqui vale o feeling do cinegrafista, pois agora é você que vai mostrar porque este dia está sendo tão especial para o casal. Certifique-se de incluir todos os elementos importantes do casamento. Alguns dos destaques que você não pode perder são: a noiva e o noivo se arrumando, a cerimônia em si com troca de alianças, jogos de olhares, lágrimas, o primeiro beijo depois de casados, o novo casal passando pelo corredor da igreja, o corte do bolo, a primeira dança, jogando o buquê, brindes e tudo o mais que a noiva e o noivo gostariam que você registrasse. Ah, sim, isso você já faz? Faça diferente, trabalhe com closes, big closes, detalhes, chicotes de cenas...
Não deixe de aproveitar a sequencia de fotos que o fotógrafo faz com os familiares e registre cada detalhe, não como uma foto, mas com o dinamismo de quem está com uma filmadora nas mãos.

Conclusão
Como um cinegrafista de casamento, seu trabalho é contar a história da noiva e do noivo de uma forma que vai ser divertido e atraente para eles, seus familiares e amigos. A maneira de fazer isto é contar uma história que vai agarrar sua atenção, fazê-los rir e também chorar de emoção.
Lembre-se, filmar um casamento não é apenas registrar um evento. É muito mais. É criar a página de abertura de um novo livro que conta a história de um dia muito especial, um novo começo de vida do futuro casal. Como uma semente que se planta em terra boa, seu trabalho deve ser plantado e germinado na vida de seu cliente. Saiba que eles um dia terão filhos, amigos irão se casar, suas empresas precisarão de produções em vídeo e se seu trabalho for fértil, gerará mais negócios e consequentemente, mais qualidade de vida para você.
Em casamento não somos cinegrafistas. Como um bom filme escrito, somos contadores de história, e só o bom contador leva o prêmio máximo, o Oscar, que para nós representa o elogio daqueles que damos a sensação de que sua história é especial e única.

Sucesso em sua próxima filmagem!

O Formato Trailer de cinema dá um gostinho ao casal do que será sua produção!

sábado, 19 de março de 2011

DICAS PARA FILMAGEM BÁSICA

Confira sempre todo o equipamento para não ter surpresas durante a locação
Antes de começar qualquer gravação, o importante é saber por onde começar. A partir de dicas simples e úteis você pode fazer um excelente trabalho, bastando para isso ter um conhecimento básico e bastante organização.
Desde filmar bem e gravar um áudio bom, fazer um check list antes de começar o trabalho e gravar instantaneamente uma autorização de uso de imagem e som, o plano de trabalho que preparei para você vai lhe dar o tom do vídeo, e do sucesso. Este é meu incentivo a quem quer fazer da videografia um hobby prazeiroso ou uma nova carreira de trabalho. Como diz o slogan do McDonalds, “Amo tudo isso”. 
Vamos lá?

Mesmo durante uma simples entrevista, regras de enquadramento devem ser obedecidas
7 Pecados Imperdoáveis do cinegrafista

01- Colocar todos os assuntos somente no centro da cena.
02- Usar demais o zoom da câmera.
03- Permanecer em um ponto em vez de procurar ângulos interessantes.
04- Ficar dando panorâmica o tempo todo durante a locação.
05- Filmar do dedão do pé até os olhos da pessoa.
06- Dar takes de dois ou três segundos apenas, sem margem de edição.
07- Filmar com muita luz no fundo, em vez de sobre o assunto.

12 dicas úteis para gravação de vídeo

01- Use sempre o foco manual se a sua filmadora tiver essa opção.
02- Definir o balanço de brancos em cada local.
03- Quando gravar ao ar livre, mantenha o sol atrás de você.
04- Planeje sempre antes de apertar o rec.
05- Use preferencialmente um tripé.
06- Filmando na mão, imagine que sua filmadora é uma xícara cheia de café muito quente.
07- Use o zoom para compor a cena. Evite o zoom quando estiver gravando.
08- Mexa na filmadora somente quando necessário.
09- Grave sempre pensando em como vai editar.
10- Mantenha o seu take entre 5 e 10 segundos.
11- Mantenha a imagem estável (sem zoom ou pan) para pelo menos 10 segundos.
12- Durante a filmagem, seja o mais discreto possível para registrar o verdadeiro   comportamento da pessoa.

 10 dicas úteis para captação de áudio

01- Use um microfone externo, se você tiver um.
02- Mantenha o microfone próximo a pessoa.
03- Monitore tudo com fones de ouvido durante a gravação.
04- Mantenha o mínimo de movimentos possível das mãos na filmadora.
05- Use um microfone de mão para entrevistas de rua. Evite o da filmadora.
06- Use um microfone de lapela para gravações em estúdio.
07- Para locais movimentados prefira microfone sem fio.
08- Saiba e conheça os locais de locação para evitar surpresas.
09- Não mexa no cabo do microfone durante a gravação.
10- Evite cabos longos para minimizar interferências.

2 dicas de pré-produção

01- Estabeleça a meta de aproveitar 10 segundos de imagem para cada 60 segundos gravados.
02- Guarde a filmadora em local visível, com cartões/fitas de sobra e baterias sempre carregadas.

Check-list dos equipamentos
  • Filmadora
  • Baterias carregadas
  • Fonte de alimentação AC
  • Microfones e cabos
  • Iluminação
  • Pano de limpeza para a lente
  • Fones de ouvido
  • Cartões e fitas para gravação
  • Tripé
  • Folha branca para ajuste de branco

Após as gravações com personagens, grave a autorização de uso de imagem e voz na própria câmera
Autorização de uso de imagem e voz na locação
Dê este texto para o entrevistado ler em voz alta. Grave a pessoa falando.
Eu, fulano de tal, documento número tal, concedo o direito de usar o meu nome, imagem, voz, aparência e desempenho em um programa de vídeo. Esta concessão inclui, sem limitação, o direito de editar, mixar ou duplicar e usar ou reutilizar este vídeo em todo ou em parte. Eu também concedo o direito de transmitir, exibir, comercializar, vender e distribuir de outra forma este programa de vídeo, no todo ou em partes, e sozinho ou com outros produtos. Minha decisão aqui é soberana, sem interferência de mais ninguém por considerar justa e razoável minha participação em vídeo e áudio gravado.
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COMO PRODUZIR DOCUMENTÁRIO

Na produção de um Documentário, muitos fatores são decisivos para a finalização do trabalho.
Posto aqui algumas dicas relevantes para sua primeira produção de documentário. Não é o "Pulo do Gato", mas uma visão macro dos detalhes que não podem faltar na pré e pós produção.
Na era dos documentários que concorrem a Oscars, tal como Lixo Extraordinário, essa vertente de produção tem voltado com tudo, principalmente buscando temas sociais que despertam a atenção de todo o mundo.
Mas saiba que doc por doc, todo mundo faz. A diferença está exatamente em como fazer bem!




Primeiramente vamos responder a pergunta: O que é um documentário?
Documentário é um gênero cinematográfico que se caracteriza pelo compromisso com a exploração da realidade. Mas dessa afirmação não se deve deduzir que ele represente a realidade “tal como ela é”. O documentário, assim como o cinema de ficção, é uma representação parcial e subjetiva da realidade. A legislação portuguesa atualmente em vigor estabelece que se consideram “DOCS DE CRIAÇÃO” aqueles que contenham uma análise original de qualquer aspecto da realidade e não possuam caráter predominantemente noticioso, didático ou publicitário nem se destinem a servir de simples complemento a um trabalho em que a imagem não constitua elemento essencial, seja qual for o seu suporte e duração. Isso sem contar os inúmeros gêneros literários que podem ser acrescidos a este termo documentário.
Fonte: Wikipédia.

Etapas de criação
Assista filmes documentais, muitos filmes. Vá no cinema, no Youtube, Vimeo, sites especializados em postagens desse gênero . Pense sobre que tipos de documentários que você gosta. Aprenda a vários gêneros e estilos de filmagem. O estilo de Michael Moore de Super Size Me, por exemplo, é bem diferente do de Lucy Walker de Lixo Extraordinário.
Familiarize-se com equipamento técnico. Câmeras filmadoras ou DSLR, sistemas de edição, microfones shot gun, luzes de cenário. Experiências com configurações de iluminação, gravação de áudio, continuidade, etc. Todas estas informações são importantes para sua etapa de criação. Faça buscas na web e se intere com elas.

1- Escolha um assunto que considere bom e que seja acessível a você. Escolhendo um assunto que é convincente irá resultar em um filme forte e relevante. Muitas vezes é melhor focar em uma personalidade local assim  você terá acesso a um monte de recursos para o seu filme. Além disso, é muito mais simples e mais barato filmar em casa do que nem outra cidade, estado ou até mesmo no exterior.

2- Torne-se um especialista sobre o tema escolhido através de pesquisa. Pesquise seu assunto da forma mais completa possível. Adquira conhecimento através da Internet, livros e de pessoas que tenham conhecimento sobre o assunto. Se puder, participe de eventos relacionados com o tema escolhido.

3- Crie uma estrutura e esquema para o filme através da visualização. Feche os olhos e imagine como você gostaria que o produto final ficasse. Pense em como você deseja estruturar o seu filme. O que você quer começar? Como é que você vai construir o seu filme? Anote suas idéias. Isto lhe dará um plano para a fotografia. Mas lembre-se que, no documentário, ao contrário do cinema de ficção, o filme informa a estrutura final do filme. Seu primeiro esboço escrito existe para servir de orientação para a fotografia.

4- Analise seus desejos e necessidades para fazer o filme. Faça um check-list de locações, itens, equipamentos, pessoas, tudo que estará relacionado a começar o seu projeto. Não faça nada sozinho. Busque parceiros, escolas, universidades, etc. Se você tiver uma idéia muito boa, saiba que terá a maior facilidade em encontrar pessoas e instituições que o apóie.

5- Encontre recursos e patrocínio para o seu filme. Existem muitos financiamentos para programas documentais. Por exemplo, a Ancine dá excelentes dicas, existe a Lei de incentivo cultural que viabiliza repasses de verbas de grandes instituições como Banco do Brasil, Governo Federal, prefeituras locais, Petrobras, etc. É importante saber que estas dicas são para produção de documentários profissionais, e não aquele meia-boca onde você sai com uma camerazinha pela rua, acha que é o Steve Spielberg e quer que todo mundo o apóie. Há a necessidade de se criar um projeto, roteiro, briefing, e tudo mais que necessita visibilidade para buscar apoio. Nada de aventura. Se quiser se aventurar, banque tudo sozinho!

6- Não fique falando que vai fazer. Vá e faça. Comece. Este é o passo que diferencia os cineastas aspirantes de cineastas reais. Para se ter uma idéia, há alguns anos o circuito cultural do Espírito Santo estava a mercê de produções horríveis, de péssimo gosto, baixa qualidade técnica e mesmo assim conseguia-se recursos para a realização. De dois anos pra cá, novas cabeças e idéias foram inseridas no mercado local e hoje vemos produções esmeradas, de ótima qualidade e que chamam a atenção. São pessoas que descobriram um filão de mercado e hoje se dedicam, praticamente, a de inscrever em demandas culturais e buscar estes recursos financeiros que estão ao alcance de qualquer um, inclusive você.

7- Aperte o rec e grite: Ação! Comece a produção de seu documentário com tudo nas mãos. Equipes, roteiro, equipamentos, locações, casting, etc. Use conhecimentos de enquadramento, continuidade, desenrolar de história, cronologia de tempo. Para um trabalho sério e patrocinado, nada de eu e eu. É você e equipe.

8- Pós-produção. Tenha na mão todo o mapa de produção. Desta forma simplifica o processo de edição e todo o controle da pós fica em suas mãos.  Isso vai ajudá-lo  a economizar tempo na ilha de edição.

9- Documentário pronto? Mostre seu filme! Poste no Youtube, Vimeo, faça uma versão em DVD ou Blu Ray e coloque em locadoras (mesmo sem custos para você. Apenas para divulgação), participe de festivais. Existem vários em todo o país e que dão prêmios em dinheiro. Confie em você e no seu talento. Eu dou o maior apoio.

Sucesso e mãos à obra! 


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segunda-feira, 14 de março de 2011

PANASONIC HMC80 - QUEBRA O GALHO

HMC80, a concorrente direta da Sony MC2000. No final, é tudo igual.
Finalmente fiz um test motion com a filmadora Panasonic AG HMC80 no formato AVCCAM e de montagem no ombro. Este teste foi muito esperado pelos amigos do blog que me pediram o teste e até uma comparação com a Sony MC2000. Enfim peguei a criança nas mãos. É importante salientar que meus comentários são baseados em minha opinião pessoal, de minha experiência, de visão crítica de quem está acostumado com modelos top e de extremo desempenho. Portanto é esse o jeito que vejo cada equipamento testado, não querendo, de forma alguma, desmerecer algum leitor por não ter condições de comprar alguma câmera melhor.


A HMC80 é uma filmadora FullHd com vários formatos de gravação, suporte de vídeo digital e funcionalidades avançadas profissional, que atende satisfatóriamente bem as escolas, videomakers de eventos, igrejas, etc. Tem a vantagem de utilizar os cartões SDHC, de baixo custo, e disponibilizar imediatamente o conteúdo para a estação de edição. Ela nada mais é que o formato de ombro da HMC40, incluindo algumas melhoras, como por exemplo, o anel de foco manual, sempre necessário para quem tem uma pegada mais profissional.

Botões de atalho incorporados ao corpo agilizam as configurações em campo.

Com 6 lux efetivos, com shutter em 1/60, produz vídeos em 1920 x 1080 ou 1280 x 720 com a compressão em MPEG-4, que prevê a duplicação da largura de banda e eficiência de vídeo melhorado ao longo dos antigos formatos de compressão MPEG-2 com bom desempenho, mesmo durante o movimento rápido, sem degradação da imagem ou flickers de rastro.

A HMC80 grava vídeo em todos os quatro modos de gravação profissional AVCCAM HD, incluindo o modo PH da mais alta qualidade (média de 21 Mbps / Max 24Mbps), o modo HA (aprox.17 Mbps), o modo HG (aprox.13 Mbps) e ainda a opção mais leve (cerca de 6 Mbps).
O modelo testado suporta os seguintes formatos HD no modo PH: 1080/60i, 1080/30p, 1080/24p, 720/60p, 720/30p, 720/24p; nos modos de HA, HG e HE, ele registra em 1080 / 60i. Na definição padrão DV, a camcorder grava 480/30p, 480/60i, 480/24p.

Peso bom, ergonometria ótima. Gostei do monitor de áudio bem no "pé da orelha".
Utilizando apenas um único cartão de memória SDHC de 32GB, o cinegrafista pode gravar 3 horas de plena resolução de 1920 × 1080 de áudio e vídeo no modo PH, quatro horas no modo de HA e 5,3 horas em modo de HG. Em HE, a câmera pode gravar até 12 horas de conteúdo HD 1440 x 1080 em um cartão SDHC de 32GB. Até 2 horas de conteúdo de vídeo digital pode ser gravado em um único cartão SDHC de 32GB. Mas sugiro que façam a opção de gravar em cartão de 16GB, pois caso haja problemas ou corrompimento de dados, o prejuizo é menor. Uma deficiência que vi logo de cara foi a disponibilidade de apenas 01slot para o cartão. Significa que caso o cartão encha no meio da captação, o cinegrafista será obrigado a parar o trabalho e executar a troca.

Conexões Canon, BNC, RCA, chaveamento +48V no uso de boom. Padrão Broadcast.
A HMC80 inclui como funções profissionais, anel de foco manual (Foco / Íris / Zoom) para maior controle; time code / gravação UB; data / hora e dois terminais de controle remoto com fio, conhecidos como LANC (para zoom, foco, íris, REC start / stop). Incluiram nela ainda funções úteis, incluindo Estabilizador Óptico de Imagem (OIS) , o Dynamic Range Stretch (DRS), que ajuda a compensar as variações na iluminação, e um Cine-Like Gamma que dá o modo de gravações de uma aparência mais semelhante a filme (que na linha da Sony chamados de Picture Profile). Apesar da Panasonic vender o peixe que sua lente é grande angular, comparando com uma Z7, a cena perde em tamanho. Diríamos que o cinegrafista teria que recuar bastante para enquadrar um grupo de amigos durante uma gravação. Ou comprar uma lente Grande Angular.

Lente de pouca abertura. Fica estranho um monte de plástico com um furinho no meio.
A HMC80 vem com saída HDMI, USB 2.0, saída composta (x 1 BNC), componente analógico (BNC x 3), saída IEEE 1394 (DV), e um microfone externo incorporado ao corpo da câmera. A camcorder possui duas entradas XLR de bloqueio com chaves para mic / linha, e +48 V Phantom Power para quem necessitar ligar um shot gun, por exemplo. Ela ainda possui pré-gravação, que ao acionar o REC consegue registrar alguns segundos antes. Grava por intervalos (time lapse), possiui focagem automática de detecção de rosto, balanço de branco, modo de exibição, exposição de zebra, color bars, etc. Gostei muito de funções diretas no corpo da câmera, sem a necessidade de entrar em menú.

Outro ponto que me agradou bastante foi o View Finder grande e com opção de retirada para visualização direta no LCD. Por eu ter problemas de visão, esse recurso me deu muito conforto para fazer o foco manualmente.

View finder. Tanto fechado como aberto atende bem a quem não tem o olho 100%
Conclusão:
- Não é nenhuma Brastemp, é uma câmera para cinegrafistas que querem ingressar no mundo Full mas não tem recursos para tal.
- Criticamente falando, eu diria que a HMC80 é uma DVC60 melhorada.
- Os 6 lux me fazem lembrar também a DVC60. Com pouca luz a cena granula, com LED ela apenas ilumina o alvo e escurece as bordas. Necessita de tripés de luz!
- Vale o preço, mesmo dentro de suas limitações. Um pouco mais de R$ 6.000.
- Se eu tivesse que escolher entre a HMC80 e a MC2000, não pensaria 2 vezes. Compraria a HMC80. É melhor 6 lux meia boca do que 11 lux efetivos.

Entre a HMC80 e a MC2000, fico com a Panasonic.

Agradecimento ao amigo Altemar Lopes da Visão Filmagens pela disponibilidade das duas câmeras compradas. O equipamento foi adquirido na BHVideo Pro de Kleber Alfano (bhvideopro@hotmail.com)


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sexta-feira, 11 de março de 2011

FAÇA ILUMINAÇÃO COM BANDOOR

BBB - Bom, bonito e barato!
Se você deseja fazer um iluminador barato e eficiênte, segue meu projeto do mês para montar em casa: Refletor de jardim com lâmpada halógena de 150w a 500w e as bandeiras (Bandoors) de latão.

Iluminador ou refletor de jardim - A venda em lojas de Materiais de Construção e Iluminação
Foi adquirido uma peça, na cor amarela, onde pode-se comprar também na cor preta. Custa, em média, no Mercado Livre e materiais der construção, a bagatela de R$ 35. Este iluminador nada mais é do que um holofote para uso em quintais e jardins com abertura de luz ampla, e se você quiser restringir a luz com "Bandeiras" como são encontradas em equipamentos de iluminação profissional, terá que fazer o seu próprio modelo. 
Eu tenho usado esse tipo de refletor pois além de ser barato, as lâmpadas custam R$ 5,00 e todo o conjunto se adéqua perfeitamente bem em um tripé de luz. A lâmpada, por ser barata, é de cor amarelada, mas com o simples ajuste de cor da câmera isso não será problema.


Segue a lista de material:
01 Refletor de Jardim 150w, 300w ou 500w
01 Arame de solda (eletrodos tipo vareta)
01 chapa de latão
01 spray preto fosco
01 tesoura de funileiro


Preparando meu refletor para montar os bandors
As ferramentas serão um alicate para corte de lata, um soldador de propano e boa vontade para começar.

Para começar montamos uma armação de arame quadrado em torno do refletor usando uma vara de eletrodo. Procure fazer as dobras do arame  bem justas ao refletor, assim você evita o vazamento de luz pelas bordas. A principal delas forma um U com os ganchos em cada extremidade (veja na foto), a outra parte uma haste reta atravessando a parte superior e soldado em cada extremidade.

Observe o detalhe dos encaixes e das dobras. Devem estar justos para funcionar
Tudo isso é sem complicação. Aliás, a parte complicada é levar para um soldador fazer essa emenda, já que eles não gostam de pegar serviço pequeno. Agora é a vez do latão. Pegue a frente do refletor e faça um gabarito no papel, desenhando o contorno do mesmo. As laterais opostas ganharam mais largura para ficar no formato de um trapézio. Se tiver dúvidas se o tamanho está adequado, recorte o papel e teste no refletor, assim você não estraga o latão.
Então as abas laterais são do mesmo tamanho que a largura do refletor para que eles possam dobrar e ficar certinhos. Tenha o cuidado de deixar uma sobra de uns 2 cm de material sobre a borda para ser enrolado ao redor do arame como uma dobradiça. Cuidado com as bordas afiadas da chapa de latão. 
Depois de cortar as abas enrole esta sobra de 2 cm em torno da armação de arame com um alicate. Depois de tudo encaixado, pinte os banddors, deixe secar bem e depois acenda o refletor. Nesta primeira vez o banddor vai aquecer e sair uma fumaça com cheiro de queimado. Não se assuste, é a tinta queimando pela primeira vez. Depois não vai mais acontecer isso.

Projeto pronto e funcionando muito bem.
Este projeto dá a você uma alternativa de baixo custo para iluminadores profissionais. E com as bandeiras em volta do refletor não vai ficar com aquela cara de luz de jardim. É muito mais barato e vale a pena.

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