MATÉRIAS

sexta-feira, 30 de abril de 2010

DICAS PARA VÍDEOS CASEIROS


Quero escrever de um assunto que parece simples, mas que muita gente não sabe fazer direito. O tal do vídeo caseiro. É aquele tio que compra uma filmadora e sai pra filmar a viagem de férias, a família, o neto, e depois quer mostrar pra todo mundo. Normalmente o resultado é um filme que não acaba nunca, zoom aos montes e uma gravação sem pé nem cabeça. Espero que seja de grande ajuda.

Dicas Essenciais para Vídeos caseiros (Home videos)

Que tal impressionar seus amigos e familiares fazendo com que eles assistam do início ao fim ao registro de suas últimas férias? Vamos explorar a capacidade de sua câmera com uma sdicas simples e eficientes.

Sua gravação "balança mas não cai?"
Como os nossos olhos se movem muito rápido e como numa grande angular, eles cobrem uma área enorme em poucos segundos, o videomaker amador tende a movimentar a sua filmadora da mesma forma. Aí surge aquela filmagem desagradável que deixa a gente até tonto. O resultado parece uma gravação feita durante um terremoto.

Dica do Keko
Movimente sua filmadora de uma forma suave e linear, com muita calma enquanto você mantém seu corpo firme. Normalmente indico juntar os pés próximos um do outro, travar os cotovelos na cintura e fazer um movimento de panorâmica mexendo apenas a cintura. Se for caminhar, imagine que você tem um livro na cabeça e que não pode deixá-lo cair. Mantenha os passos bem baixos, assim a filmadora não vai gravar o balanço da caminhada.
A alça da filmadora foi feita para ser usada. Encaixe firmemente na mão. Normalmente essas cameras pequenas não sobrevivem a um tombo direto no chão.

Sua gravação tem muito "zooooom?"
Quem não tem intimidade com filmadoras mas se acha um Spielberg, quando aperta o REC, se transforma numa mistura de paparazzi com agente 007. Com zoom de 100x, é um tal de abrir e fechar a cena que o resultado final costuma provocar enjôos. Usar zoom é igual beber bebida alcoólica. Beba, mas com moderação.

Dica do Keko
O zoom deve ser usado apenas para enfatizar e destacar momentos importantes, detalhes, caso contrário se torna muito chato e algumas vezes irritante. Procure ajustar o zoom e se movimente ao mesmo tempo. Evite o zoom digital pois o mesmo, por ser muito alto, costuma granular a imagem e deixa a mesma com uma qualidade muito ruim. O zoom digital deve ser usado com a filmadora em tripé e em assuntos distantes que requerem, mais do que qualidade, um registro da imagem (flagrantes, etc).

Quando eu uso iluminação artificial?
Com uma filmadora que custa acima de uns 1000 reais, o novo proprietário pensa que ela irá fazer milagres e que vai "enxergar" qualquer buraco escuro. Apesar das filmadoras serem cada vez mais cheias de recursos, gravar com pouca luz significará uma imagem de baixa qualidade e de péssima definição. O mesmo vale para locais com excesso de luz.

Dica do Keko
Quando você for filmar dentro de casa ou em ambientes fechados, lembre-se sempre de acender as luzes e posicionar pessoas e objetos próximos a estas fontes de luz. Evite filmar contra a luz, contra o sol ou até mesmo com uma janela de fundo. Dessa maneira se verá apenas a silhueta das pessoas. Evite também colocá-las de frente para o sol ou com uma fonte forte de luz. Elas nem vão conseguir abrir os olhos direito. Uma dica é colocar seu objetivo a um ângulo de 45 graus em relação a fonte de luz para se ter um efeito mais suave e agradável.

A diferença da dose certa e do excesso
Gravar seu cunhado tomando banho pelado num rio no meio do mato é imperdível! O trajeto até você alcançá-lo, correndo com a filmadora ligada e sua respiração ofegante pode ser dispensada. O vídeo engraçado pode ter cenas hilárias, mas é fundamental uma dose de lógica, bom senso e bom gosto. Apesar do cunhado pagar o maior mico.

Dica do Keko
Procure o melhor ângulo para a cena antes mesmo de ligar a filmadora e evitar gravações desnecessárias. Saiba quando deve pausar para não virar aquele chato que fica gravando tudo sem parar. E se puder, edite seu filme. Corte os excessos, coloque uma trilha maneira e seja objetivo, sem delongas.

Super-dica do keko
O fundamental é sempre você ter em mente que qualquer gravação, por mais simples que seja, deve ter começo, meio e fim. Mesmo na história do cunhado no rio.

Sucesso em sua próxima gravação caseira!

Mesmo nas gravações mais tolas e descartáveis, princípios e técnicas básicas darão um "ar profissional" a brincadeira de filmar


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terça-feira, 27 de abril de 2010

SONY HVR Z7 - CONFIGURAÇÕES

Porte elegante, pegada ergonomica. Eficiência e opções em multimídia.

APRESENTAÇÃO
A filmadora Sony HVR Z7 é o primeiro modêlo da fábrica a produzir um equipamento com lente intercambiável, em que você pode retirá-la e colocar outra com recursos diferentes. A grande angular (VLC 308BMH) dá um wide digno de cinema. O preço da lente é salgado, mas pode-se fazer um vídeo todo aparentando imagem de película (iremos falar sobre isso mais a frente). As lentes da câmera fotográfica Sony, da linha Alpha são facilmente encaixadas e reconhecidas pela Z7, dando um poder de fogo imbatível desse modelo em relação as outras.


A Sony Z7 foi produzida para videomakers que possuem focos de trabalhos diferentes mas com necessidades em comum. É o meu caso em que trabalho com vídeo não importando o que seja (claro que assuntos tabús como algumas religiões e pornografia não me interessam - por dinheiro nenhum), então minha necessidade pede dinâmica para a gravação de um casamento até uma demanda corporativa em outro país, onde preciso de recursos avançados e de equipamento compacto para transporte. E é dessa forma que foi eleita a câmera de trabalho da produtora Memory Brasil. Boa pegada, bom equilíbrio de peso, sem falar nos recursos acessíveis nas pontas do dedo. A Z7 ainda tem 5 botões que poderão ser configurados para qualquer item do menu. No meu caso escolhi, em três, ajustes de foco manual, backlight e color bars. O LCD possui qualidade 4 vezes superior que sua antecessora, a Z1, facilitando e muito no ajuste de foco. O viewfinder, colorido, pode ser configurado para visualização em preto e branco. Na lateral a Z7 possui um botão de check-up que mostra todas as configurações que estão valendo naquele momento da gravação, o que é muito útil durante a produção de uma externa onde as configurações vão sendo alteradas de acordo com cada locação. A bateria usada é a mesma da Z1, Z5, V1 e PD170, uma sacada boa da Sony, assim quem faz upgrade de equipamento não precisa ficar investindo em novos modêlos de baterias. Outra inovação desta câmera é a dupla sapata de encaixe de acessórios, uma na frente e outra na extremidade traseira da alça. Ideal para quem usa iluminador portátil mas também necessita de fixar um microfone sem fio. No caso das antigas PD, o receptor do microfone tinha que ficar preso na alça de mão, estragando o material (de couro) devido a presilha de ferro.


De boa pegada, a Z7 incorpora vários botões de acesso rápido as configurações


Um novo design de anel de foco foi incorporado e que fornecem dois tipos de ajustes, manual e auto focus. Para trocá-los basta empurrar o anel para frente ou para trás. Aliás, uma reclamação comum aos usuários da Z7 é sobre o foco. Muitos dizem que ele é muito ruim, desfoca facilmente, etc. Uma informação totalmente errada. É um dos focos de câmera mais sensíveis que já conheci. Quando a câmera é nova ou a lente é retirada, deve-se fazer um ajuste automático de lentes junto com um cartão de gabarito que acompanha o modelo. Depois desse ajuste a câmera confere a cena um ajuste de foco muito rápido e preciso, a tal ponto de, se estiver no automático e o cinegrafista estiver filmando um casal, ao deslocar a câmera de uma pessoa para a outra, ela imediatamente reconhece a profundidade de campo entre as duas pessoas e busca o foco de fundo, causando aquelas desfocagens indesejadas. Por isso é importante presetar um dos botões laterais para ajuste manual, assim nestes momentos basta aplicar o foco manual que estará tudo resolvido.
Tabela de teste para ajuste de comprimento focal. Imprima no tamanho A4.


AJUSTANDO O FOCO DA Z7
1. Coloque o filtro ND em 1 para ajustar o brilho de modo que o nível apropriado do vídeo seja obtido.


2. Coloque a tabela de teste do ajuste de comprimento focal Flange (da foto acima) a cerca de 2-3 metros de distancia na frente da camera (Utilize uma mesa comprida). Use o zoom da camera para centralizar a tabela na tela. A tabela tem que estar toda enquadrada na tela da sua filmadora.


3. Coloque a chave Zoom em servo (aquele botão em baixo da lente e da camera).


4. Selecione [AUTO AJUSTE] em [FLANGE BAK] no menú (vá em camera set. Está lá).


5. Selecione [YES] com o dial SEL/PUSH EXEC (o botão fica em baixo do lado esquerdo da camera).


O ajuste do comprimento de foco se inicia e a palavra [EXECUTING] aparece na tela. A camera começa a se programar sozinha. Não mexa em nada! Quando terminar, ela mostra a informação [COMPLETED] na tela. Caso o ajuste falhar [COULD NOT ADJUST] aparecerá na tela. Tente ajustar novamente.


Pronto. Sua câmera estará ajustada à lente perfeitamente. Caso for trocar ou tirar a lente, novo ajuste deve ser feito.


Cartão CF Kingstone. 16Gb e 32GB são o ideal para a Z7


Não adianta, o cartão CF é ainda o melhor custo-benefício. São baratos, de alto desempenho e confiabilidade. Em DV a câmera gera arquivos na extensão avi e em HDV em m2t. E a vantagem é o acesso a leitores de cartões baratos. Eu comprei um leitor "chinguilim" por 40 reais e em menos de 16 minutos 2h20m de imagens foram transferidas para o PC. A capacidade ideal de tamanho de CF são os de 16Gb. Cabem 1h12m de imagens. Os de 32Gb são ideais para longas gravações contínuas, tipo shows ou palestras. Eu utilizo deste tamanho na câmera que fica instalada na grua, assim a autonomia de gravação é maior e não requer que se baixe a grua para a troca.


Mas nem tudo são flores. Ao mesmo tempo que a tecnologia de gravação em cartão é a oitava maravilha do mundo, entre dar tudo certo e se perder tudo existe uma distância micrométrica. Explico: Ao se gravar com cartão jamais você deve deixar a carga da bateria terminar e desligar a câmera de repente. isso pode ser fatal para o cartão que, corrompido, simplesmente se perderá todo o conteúdo. Ao aparecer o aviso de bateria fraca, desligue imediatamente a câmera e troque a bateria. Outro problema surgiu comigo. Sempre usei umas baterias genéricas que foram feitas para a linha Sony. Elas rendem incríveis 8 horas de uso contínuo de gravação e nunca me deram problemas pois eu as usava nas minhas antigas PD170. Mas já é a segunda vez que no disparar de um flash de fotografia (ou uma pura coincidência) um aviso no LCD surge informando que a bateria usada não é original e em seguida a câmera é desligada. Graças a Deus nas duas vezes eu estava usando fita, assim foi só religá-la (com a mesma bateria genérica) e prosseguir a gravação normalmente. Dá pra entender?


A Unidade de Gravação de Memória CF acompanha o kit básico da Sony Z7


RECURSOS ESPECIAIS PARA SUAS FILMAGENS
A Sony HVR Z7 tem alguns recursos interessantes que podem dar um grande diferencial a sua produção.


1. Atalhos - No corpo lateral existem botões que podem ser configurados a seu gosto. Minha sugestão, conforme já mencionei, é usar o back light no 1, acesso rápido ao foco manual no 2 e aplicação de collor bars no botão 3. O caminho é:
menu_others_assign btn


2. Efeito Smoth slow rec - Possibilita a gravação em slow motion de uma forma precisa e detalhada de cena. A duração em real time varia de 3, 6 e 12 segundos. A imagem é gravada na memória interna da câmera (é isso mesmo. A Z7 tem um mini-HD) que depois de processada é gravada no cartão ou fita. Quanto maior o tempo de processamento, menor é a qualidade de imagem. Sugiro que use sempre 3 segundos. O resultado são belíssimas tomadas de slow motion onde o que vale é a criatividade. O caminho é:
menu_camera set_smoth slow rec_3sec_6sec_12sc

3. Ajuste da temperatura de cor - Aqui você pode definir o ajuste de temperatura de acordo com sua produção. Cenas mais quentes para tomadas de início de dia e cenas frias para entardecer.



O caminho é:
menu_camera set_wb temp set


4. Intervalos de gravação - Esse é o meu favorito, um recurso fantástico para cenas em que se deseja mostrar longas transformações em poucos segundos, tais como movimento do céu e núvens, obras e estruturas sendo montadas ou desmontadas, pôr-do-sol, etc. Você programa de quanto em quanto tempo você quer que a cena seja gravada e a câmera faz tudo sozinha. Liga, grava (ex: 3 segundos), pausa e desliga (stand-by de 1 minutos) e volta a fazer tudo denovo. O caminho é:


menu_camera set_interval rec_30segundos/1minutos/5minutos/10minutos


5. Perfil de fotografia (profile picture PP) - São duas opções de ajustes pessoais (PP1 e PP2) e três pré-ajustados (PP3, PP4 e PP5). Com esses recursos você consegue ter imagens que imitam a película de cinema, ou tons mais coloridos, mais frios, ou mesmo de um ajuste pessoal seu. Os presets Cinematone simulam imagem de cinema com alto contraste, alteração de temperatura de cor, gamma, etc. Este recurso é extraordinário para videomakers que pretendem produzir curtas e filmes, pois o resultado final é muito atraente.


O ITU709 são valores de parâmetros para os padrões HDTV para produção de vídeos com intercâmbio de programas internacionais.


Nos ajustes pessoais PP1 e PP2 você pode mexer a gosto. deste a temperatura de cor, gamma, branco, preto, tom de pele, etc. Existem algumas produtoras que definem um padrão pessoal e utilizam somente aquele, assim ficam com um tom de imagem personalizados para suas produções. O Botão de acesso fca na lateral esquerda traseira da câmera, abaixo da logo HDV. Para maiores informações e ajustes de PP, acesse nosso tópico: http://kekosinclair.blogspot.com/2010/10/tirando-ruidos-da-sony-z7.html


O caminho é:
Profile Picture (botão na câmera)_PP1_settings


6. extração de cor (Color extract) - Outro recurso interessante é esse que a Z7 trás com enorme facilidade. Basta você apontar, por exemplo, para as rosas vermelhas do buquê da noiva. Presetar a câmera e a partir daquele momento ela só gravará as cores vermelhas do buquê. Todas as outras cores da cena ficarão em preto e branco. O mesmo se fizer com uma cor amarela, por exemplo, e for filmar o trânsito. Somente os carros que forem amarelos aparecerào com a cor. Todo o restante das cenas ficarào em preto e branco. Aí vale a criatividade.


O caminho é:
Profile Picture (botão na câmera)_PP1_settings_collor corretc_color extract (aponte p/a cor)_OK




CONFIGURAÇÕES DO MÓDULO DE GRAVAÇÃO


MENU >
SETTING >
CAMLINK SEL >
SYNCHRO.


Configuração na câmera

MENU >
IN/OUT REC >
EXT REC CTRL >
REC CTL MODE >
SYNCHRONOUS.


Pronto. Desta forma você grava tanto na fita quanto no cartão, só na fita, só no cartão.

No LCD ficará piscando quando não tiver fita. Caso esse ícone piscando lhe incomode, você pode desligar. Porém se for tirar, saiba que a gravação em fita fica desabilitada. Quando resolver gravar com fita, terá que lembrar o passo a passo no menu e ativá-la novamente.

Vá em



CTL MODE -> 
EXT ONLY. 


Você está informando a camera que quer que ela grave apenas no gravador externo de CF.


CONCLUSÃO
Saiba que raramente alguém domina 100% os recursos de um equipamento e que, necessariamente, você não precisa dominá-los. Os cinegrafistas mais renomados precisam apenas de um botão de REC para apertar e um anel de foco para girar. O importante é buscar em cada cena a sua própria essência, que é criada e maturada pelo seu modo de ver a vida, o que você lê, pratica, conhece e se espelha. Esse é o diferencial de cada um, ou o Parnassah (hebraico) que é aquele dom especial que Deus te dá e que ninguém te tira. Até que tentam copiar, mas sempre serão "chinguelingues"


Espero que tenha gostado. Um abraço a todos!


VT totalmente produzido com a filmadora Sony HVR-Z7 pela Memory Brasil


TODAS AS MATÉRIAS, ASSUNTOS, TEXTOS E FOTOS SÃO DE AUTORIA E PROPRIEDADE DE KEKO SINCLAIR. VOCÊ PODE COPIAR PARTE OU TODO UM CONTEÚDO MANTENDO SEMPRE A FONTE DE CITAÇÃO DO AUTOR E DO SITE.


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SONY HD1000 - PRÓS E CONTRAS

HD1000. Características que a primeira vista impressiona. Depois decepciona
Eu fui um dos embarquei de cara quando a Sony anunciou o seu mais novo lançamento mundial, a HVR HD1000. Tinha, na época, como equipamentos de uso, 2 Sony PD170 e 2 Panasonic AG DVC60 e pelas propagandas que eu via na capa da revista Zoom Magazine não tive dúvidas. Comprei uma HD 1000. Paguei R$ 6.500 pela câmera e mais uns R$ 2.500 de acessórios, como case, grande angular, bateria maior e um carregador externo. Total da brincadeira: R$ 9.000.

Aqui ainda feliz com a aquisição. Não tinha saído para gravar com ela.

Tinha acabado de fechar um evento religioso em um pavilhão para mais de 10 mil pessoas e minha tarefa era gravar o evento além de transmití-lo para telões e enviar o sinal para transmissão via web. Usei 3 câmeras, a HD1000, a PD e a DVC60. Todas no mesmo lugar, uma ao lado da outra, de frente para o palco. Para facilitar a gravação, usamos uma mesa de corte, a Videonics que quebra um galho nessas horas. Então tinha ali o monitoramento das 3 câmeras simultâneamente. Lembro que fiquei chocado quando vi a imagem da HD1000 ser pior que a da DVC60, e a PD sempre top de linha. Mas como, se a câmera era a última palavra em tecnologia, era cmos em vez de ccd, era HDV em vez de DV (apesar de estar usando-a em down converter), não estava entendendo nada!
De lá parti para a cobertura de um casamento. PD e HD1000 juntas. Foi humilhante para a HD. Ao assistir as imagens dava pra perceber a quantidade de ruídos gravados, desfoques contínuos e uma ausência de brilho e cor viva comparadas a PD. O namoro que deu em casamento já estava perto do divórcio quando decidi dar mais uma oportunidade: iria gravar um futebol em plena luz do sol. Aí sim, a HD1000 se apresentou oficialmente igualzinho ao que o anúncio da revista Zoom Magazine dizia. Imagens cristalinas, perfeitas e com uma qualidade de som sem igual. Mas o que fazer com ela se meu trabalho é 99% noturno? Não teve jeito, antes do divórcio coloquei-a no cárcere privado, dentro da caixa que havia guardado para decidir meu próximo passo.

HD e sua caixa donde nunca devia ter saído. Feliz na compra, feliz na venda


Confesso que passei a ler de tudo sobre a câmera, devorei seu manual, treinei muito mas não teve jeito. Assim ela foi vendida por R$ 4.500, com todos os acessórios e com apenas 3 eventos gravados nela. Foi tarde!
Vou relatar aqui algumas dificuldades que tive com ela. Prefiro não detonar a câmera, mas mostrar o meu sentimento com relação ao trabalho que ela dava em cada uma das 3 locações feitas com ela. No final você pode tirar suas conclusões (pode até me chamar de burro!).
Pra quem estava acostumado a trabalhar com a PD170 e apenas um simples foquinho de 20w sobre ela, a HD1000 me fez voltar ao passado quando eu gravava em super-vhs com a AG456. Para um registro razoável dentro de uma igreja, seriam necessários 2 set light de 1000w e ainda uma VL de 300w sobre a câmera. Meu marketing de dizer que gravava sem fios nem holofotes iria por água abaixo.
Trabalhar com foco automático? Jamais. A HD1000 simplesmente "pira o cabeção" quando o assunto é ela focar sozinha. É um tal de desfocar a imagem principalmente quando se caminha com ela. Sem falar que para acessar alguns recursos dela tem que tocar no LCD e fazer o ajuste necessário. E a noiva tá entrando na igreja!!!!!!!!! Para trabalhar 100% manual, até que dá. Preciso de alguns segundos e u pouco de prática. Mas a noiva já está subindo o altar!!!!!
Claro que tem alguns atalhos no corpo externo da HD1000 mas isso não elimina o acesso ao menu via LCD.
HD1000 com mattebox. Assim até que fica com moral!

Ao ligar a HD1000 via cabo fireware no PC, simplesmente ela não era reconhecida. Colocava a PD no lugar, pronto, o PC vi na hora. Voltava com a HD, nada.
Alguns vídeos gravados nela apresentavam flicker nas imagens, aqueles cantos serrilhados. Não dá pra entender. Comecei a entender que a Sony ao fazer a propaganda ressaltou apenas, e muito bem, seus pontos positivos.
Microfone externo, outra dor de cabeça. Acostumado a usar canon, regredi ao P2, um pluguezinho pequeno e que se vacilar, o cabo solta da câmera. E acreditem ou não, eu usava na PD um Shure SM58. Som perfeito. Na HD1000 o resultado não era dos melhores. Então resolvi apelar: para câmera ruim, microfone ruim! instalei um microfone de um DVD de karaokê que eu havia comprado por R$ 90 (o aparelho, 2 DVDs com músicas e 2 microfones) e adivinhem? ficou perfeita! a fórmula funcionou.
Outra coisa: Depois de gravar um casamento inteiro com a HD1000 no ombro, cheguei em casa com torcicolo. O LCD dela é muito alto. A gente grava olhando pra cima! Nunca ví isso.
Tente fazer uma longa panorâmica. O resultado é uma imagem nítida quando a câmera está parada. Ao começar o movimento, a imagem fica meio que lavada, um leve desfoque, e só volta a ficar nítida após o término da cena.
Perdi R$ 4.500 da compra a venda dela. Foram exatos 2 meses gravando os tais eventos e mais uns 5 meses guardada na caixa. Enfim foi-se. E já foi tarde.


Vai tarde!

Abaixo segue uma lista de problemas e dificuldades apresentadas por outros usuários. Retirei os comentários do site Video-Br de onde já fui um membro. A conclusão final fica por conta de cada um.

1- Tenho uma HD1000 e trabalho com ela exatamente do jeito que veio da loja. Não mexi em nada. A imagem não é muito boa. A minha GS320 está dando de 1000 a zero nela.

2- Está começando a entrada dos padrinhos na igreja...dou o zoom no ponto mais distante que eu pretendo trabalhar e faço o foco com o Spot focus. Então, digamos que, após a entrada dos padrinhos, noivo e noiva, eu queira pegar um detalhe qualquer, tal como alianças, então vejo se há algum risco de perder o foco, devido à backlight ou qq coisa parecida e na mesma tela do Spot Focus, clico no botãozinho AUTO, que faz o foco ficar automático. Faço então o detalhe que eu quero fazer, pois nesse caso, no automático é infinitamente mais facil e eficiente. Logo após, dou um clique na área do Spot Focus e retorno ao foco manual. Nunca perdi o foco por isso. Mas dá um trabalho danado. Só treinando muito pra não errar.

3- Estive envolvido em um evento de apresentação de natal em uma igreja, aonde partes de uma apresentação eram totalmente no escuro, onde as crianças carregavam lanternas nas mãos e outras partes também com pouco luz. O resultado foi horrível, além do sofrimento para fazer foco e a granulação é muito grande.

4- Os meus microfones são todos com P2 estéreo mas já utilizei na HD1000 microfones de parceiros em P2 mono, e um que na filmadora dele, uma C20 funcionava bem. Na minha nos deixou na mão, ele dava mau contato.

5- Estava praticando o foco pelo anel com a HD1000, focando o objeto próximo e desfocando o fundo e vice-versa. Depois de girar muito o anel (para a direita) no seu limite, percebi que os tracinhos do nível de volume que correm no LCD haviam congelados. A câmera travou!


6- É a segunda vez que isso acontece, e dessa vez forcei e o problema ocorreu 3 vezes.
Apenas o botão grande do zoom funcionava, e nada mais. Nem o compartimento de fita era exposto quando eu abria (por sorte eu estava sem fita). Mudei o botão power de Tape para Off, mas a câmera continuava captando imagem e exibindo no LCD. Tirei o cabo da energia e quando liguei a câmera, tudo voltou ao normal. Pensei que esse era um problema dessa câmera, e então peguei minha outra HD1000 e fiz o mesmo; pra minha surpresa, acontece a mesma coisa!


7- Filmei o carnaval de Paraty e percebi que em alguns pontos da fita a imagem congelava, travava, a imagem ficava estática e com som por uns 2 ou 3 segundos e depois continuava normal. Isso é problema na camera, na fita ou limpeza do cabeçote? Notei também que ela dava pau, desligava quando eu me aproximava demais da bateria da escola de samba pois o barulho era ensurdecedor e estava usando o nível do mic o mais baixo, talvez um sistema de defesa dela.


8- Tenho 2 HD1000 e de uma hora pra outra simplesmente as duas pararam de fechar o compartimento da fita. A fita entra e roda normal, mas a tampa não fecha. Estou usando fita crepe pra manter ela fechada. Absurdo!


Vídeo postado pela AGProdutora sobre as deficiências da HD1000
Agradecimento especial a Eliéser Donhauser
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quarta-feira, 21 de abril de 2010

MEMORY PRODUÇÕES BRASIL



Nós, da MEMORY PRODUÇÕES BRASIL temos paixão pelo nosso trabalho.
Independente de custos finais, orçamentos volumosos ou enxutos, produções básicas ou megaconfigurações. Não importa. No resultado final irá embutido a 
nossa essência e a razão de nossa existência: o amor pela arte.


São anos de caminhada, ora espinhosas, ora fartas, ora escassas. Em alguns momentos desesperadoras. No início dela sozinho, construindo uma trajetória onde outros iriam nos acompanhar. Tivemos momentos de total lucidez, outros da mais pura loucura. E assim é cada um de nossos dias. Assim é para quem respira paixão pelo que faz, 24 horas por dia. Para chegar até aqui sonhamos muito, trabalhamos demais, nos decepcionamos, fomos traídos. Mas para o caminho do sucesso não há ruas asfaltadas. Tem sempre buracos imensos, muita lama e armadilhas espalhadas por todo o percurso. E para vencer não basta ter apenas vontade. Acima de tudo acreditar e confiar em nosso Deus que sabe de todas as coisas. E é Nele que depositamos nossa confiança!




Nos canais da Memory Brasil espalhados pela web (Youtube, Twetter, WordPress, Orkut, Vimeo, Blogspot) apresentamos um pouco do nosso mundo do vídeo, feito a várias mãos. Passam por produções da mais alta complexidade até um simples besterol como passatempo, só pra rir um pouquinho. Não buscamos a perfeição muito menos o aplauso fácil. Procuramos a sensatez do momento e o olhar genuíno de quem faz de tudo pra agradar o seu cliente.



Assista aos nossos trabalhos. Você vai perceber que tem algo de diferente, especial. É a nossa paixão emanando da tela.



Equipe Memory Produções Brasil




CORPORATIVOS | SHOWS | CURSOS | TREINAMENTOS | VT | HIGH DEFINITION | FULL FRAME



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FILMANDO COM LED SIMA

Nosso teste desta semana foi feito com o iluminador a LED da Sima, 36 LEDs que geram 600 lúmens de potência até uma distancia de 10 metros. Ela vem em um kit contendo o iluminador, o carregador da bateria interna e o suporte duplo para luz e câmera (mount bracket).

O LED possui encaixes laterais para se colocar mais iluminadores e se fazer uma verdadeira cadeia de luz. Ele serve tanto para câmeras compactas, fotográficas e profissionais.

O suporte duplo pode ser utilizado, depois de presas a câmera e o LED, em um tripé. Tudo muito prático e simples. O material é de alumínio com acabamento em borracha.

Pequeno e muito leve, praticamente nem se sente que está afixado em uma câmera hand helter, do tipo PD, Z7, NX5. Nas de ombro a mesma coisa.

Na parte de trás vemos a conexão para o carregador e um interruptor para ligar o iluminador. Ela funciona continuamente por mais de 1 hora e leva 45 minutos para carregar novamente. Quando a bateria fica fraca, a luz não diminui a intensidade. Simplesmente apaga de vez.

Eu adquiri esse iluminador apenas para uma finalidade. Gravar ambientes com a Pocket Cam Kodak Zi8 em locais com pouca luz. Como o LED abre seu grau de luz para todos os lados, gravações em wide angle ficam cobertas por sua abertura.

Infelizmente não foi aprovada para gravação de pessoas. Como sempre comento em todos os tópicos sobre LED, esse tipo de luz penetra na retina dos olhos, causando um mal estar em quem está sendo filmado. A reação é a famosa cara feia que estraga qualquer edição de vídeo.

Meu conselho é usá-la apenas para ambientes onde tem decoração. Até meu cachorro ficou brabo quando tentei filmá-lo. Por sorte tirei o iluminador a tempo de não receber uma dentada e não poder fotografar o LED Sima aqui para vocês.

Até a próxima!


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terça-feira, 20 de abril de 2010

TRIPÉ E CABEÇA MANFROTTO

Sempre procurei na internet "test motion" com tripés, mas nunca encontrei. Então resolvi fazer este teste e colocar a disposição dos interessados em adquirir esse equipamento. Aliás, fundamental para uma boa imagem. Jamais deve-se economizar na compra de um deles. Estão diretamente ligados a preço=qualidade. Nosso tripé de hoje é o 028b e com cabeça 501 HDV.

O modelo escolhido foi o tradicional bom, bonito e barato para cameras do tipo PD, Z7, NX5. Adquira também o case caso você seja chato como eu e goste de equipamento sempre novo, sem arranhão.

O tripé Manfrotto fica acondicionado confortavelmente no case todo acolchoado. Pena que ele não acompanha o tripé. Deve ser adquirido separadamente.

Leve, robusto, todo em alumínio, é retrátil e trabalha em uma altura boa para planos baixos. Quando se aumentam as pernas e ainda suspende-se o eixo central a câmera fica situada a uma altura suficiente para que as pessoas não atrapalhem. As pernas são duplas dando boa estabilidade em todo o sistema.

Essa é a cabeça Manfrotto modelo 501 HDV. Opções de colocação do manete no lado esquerdo (para destros), sistemas de travas de segurança e bom grau de inclinação. Movimento fluído suave, gira 360 graus, tilt alto para 45 graus e tilt baixo para 90 graus. detalhe: Tem bloqueio separado para giro e inclinação.


Uma boa sacada da Manfrotto foi a confecção da cabeça em teflon. Na foto acima observe um botão onde, ao girar, exerce pressão e cria uma fricção no movimento. Dessa forma pode-se ajustar com precisão a potencia do movimento do manete com a câmera. Acima da logomarca vemos a trava do engate rápido. A câmera não cai.


Já esse botão serve para o ajuste de pressão e travamento do tilt. Bem ergonomico. A cabeça 501 HDV foi produzida para suportar peso de câmeras até 6 Kg. Mas já vi gente usando as antigas JVC de 12 Kg. Talvez suporte mas acredito que o excesso faça criar folgas durante o uso.


Mais pontos positivos: pescoço com cremalheira, manivela de suspensão da cabeça, nível de bolha para ajuste de horizontal e suporte para alça de transporte (que acompanha o conjunto).




Eis o detalhe do modelo do tripé. Em conjunto com a cabeça, torna-se uma dupla invencível. A resistência deste tripé permite que possamos usar uma Sony HVR-Z7 juntamente com o kit Letus Elite. 7 kg  no total.


As pernas duplas dão toda a resistência ao conjunto. Durante o movimento de câmera não há nenhum balanço lateral indesejado. E quando se trabalha com o tripé todo retraído, fica melhor ainda. Perfeito para uso com dolly. No teste não houve vibração e o movimento da cabeça não foi prejudicado. Existe ainda um acessório extra que se chama "estabilizador de piso" que é uma estrela de tres pontas que seguram as pontas das pernas do tripé.


Conclusão: Tripé forte, resistente e sem surpresas. Vale cada centavo investido pois ele terá a durabilidade em condições perfeitas durante anos. Meu modelo anterior, também 028 de alumínio claro, já tem duas décadas e ainda está pronto para o combate! Esqueça os tripés xinguilings pois duram o tempo da garantia. Posso dizer isso assinando embaixo pois tenho modelos chineses (não direi a marca) que simplesmente quebraram.


Em se tratando de tripé, não economize. Paguei R$ 320 no case, R$ 950 no tripé e R$ 650 na cabeça. Tudo dividido em 6x. Se não tiver o valor para comprar, espere e junte uma grana a mais pois valerá a pena. Aconselho comprar das marcas Manfrotto, Libec, DMS, Tiffen e ponto final.



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terça-feira, 13 de abril de 2010

VHS => DVD = $$$





Um meio rápido e lucrativo de se ganhar dinheiro é a tradicional transcrição de VHS, VHC-C e 8MM para DVD. Para se ter uma idéia, esse negócio em minha produtora é o suficiente para pagar as despesas de luz e telefone do mês.

Quero ensinar aqui no Blog uma maneira simples de executar essa tarefa sem softwares complicados, placas de capturas caríssimas e resultados mirabolantes. É pah e pow.

Você precisará de alguns itens para começar esse trabalho. Anote aí:

01 videocassete (usado na faixa de uns R$ 60)
01 Placa de Captura Pixelview Vídeo Play TV Xcapture Usb (ML por R$ 139)
01 computador ou notebook com gravador de DVD(Esse você deve ter em casa)



PLACA DE CAPTURA PIXELVIEW

Na verdade quase todo mundo tem um videocassete encostado em um quarto porque teve pena de jogar no lixo. Eu tenho 2 que estão em pleno uso e todo dia se pagam. Escolhi essa placa de captura por ser barata e por não precisar ficar abrindo computador, notebook. É plugar e pronto. Aí é só colocar os cabos de áudio e vídeo (RCA) nas conexões da placa. Se o videocassete tiver saída S-vídeo, melhor ainda.

CONECTE OS CABOS DO VÍDEOCASSETE NA PLACA DE VÍDEO

ENCAIXE A PLACA DE VÍDEO NA ENTRADA USB DE SEU PC/NOTEBOOK

Antes de começar a capturar as imagens da fita de VHS você precisará instalar o software de captura que acompanha a placa. Coloque o CD no PC ou notebook e siga os passos solicitados.

Antes de começar a gravação, marque a opção para gravar em mpeg2. O melhor para esse tipo de serviço. Na resolução, escolha entre 640x480 ou 720x480. Dê REC no programa, play na fita e mande bala. Uma dica importante e que costumo fazer é a seguinte. Acelero a fita até o final e marco o tempo exato que se encerra o material gravado. Coloco o cronometro do meu celular em contagem regressiva, assim, quando acabar a fita, clico em Stop no programa. O arquivo fica com final bonito, sem rabicho ou chuvisco.

A última fase é gravar as imagens direto pro DVD. Eu também uso o próprio programa da PixelView que é o que acompanha a placa. Mas quem quiser, pode usar o Nero, Encore, etc. No DVD, sem perda de qualidade, pode-se gravar até 2 horas de imagem.

Quem quer fazer um agrado ao cliente ou cobrar mais caro, pode abrir o arquivo capturado em um software de edição, como o Premiere ou Vegas, incluindo legendas, títulos, sonorizando, e por aí vai. Mas em minha opinião e é o que eu faço aqui, cobro um valor pra passar direto da fita pro DVD. É menos trabalhoso e rápido e a chance de faturar no volume é melhor.

Queimado o DVD, faço uma capinha maneira, imprimo informações sobre o disco e ligo pro cliente vir buscar. Fácil, rápido e lucrativo.


Algumas informações e fotos contidas neste texto possuem conteúdo extraído do site UOL Tecnologia.
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