MATÉRIAS

terça-feira, 25 de maio de 2010

VIDEOJORNALISMO


Uma câmera na mão e muitas idéias na cabeça. Eu diria que essa é a autêntica definição do formato "videojornalismo" que, com orgulho, usei pela primeira vez em Vitória/ES. Depois a concorrência pegou o mote e começou a usar com mais agressividade, incluindo a expressão no nome de sua empresa. Conheço vários.

A vertente original veio do jornalismo televisivo em 1990 através de repórteres cinematográficos. O cinegrafista saia sozinho para cobrir as matérias, sem pauta nenhuma, dispensando o repórter e assistente. Assim o resultado das reportagens apresentavam mais autenticidade com a relação de aproximação e intimidade que se criava entre o entrevistado e a câmera. No Brasil, o pai da criança é o jornalista e professor Luís Nachbin que, sozinho, fazia o trabalho de quatro pessoas, ou oito mãos. Ele pensa, pesquisa, filma, faz iluminação, e edita. Um autêntico "handy-man".

Logo em seguida a idéia ferveu na cabeça de um americano que passou a usar a essência da expressão em filmagens de casamento. Era 2001 quando Colbie Porter, um videomaker cansado do padrão tradicional dos casamentos, teve a grande sacada de colocar atributos jornalísticos em suas produções. E assim nasceu o videojornalismo.

Mas como fazer o videojornalismo funcionar em um casamento?
Gravar com toda autenticidade do mundo. Sem forçar a barra para provocar cenas, sem ficar pedindo pra casal posar, sem ficar em cima do cliente. Mas não é uma receita de bolo de fubá. O cinegrafista tem que ter o feeling apurado, buscar fragmentos de momentos e ir construindo uma história original, sem manipulação. E eu diria mais: quem grava neste formato tem que estar despregado do registro oficial do casamento. é como se fosse uma equipe de três cinegrafistas onde um fica livre para registrar. Como não há a necessidade do casal ficar fazendo caras e bocas, a cada dia aumentam os adeptos desta tecnica. O cliente não perde um minuto sequer da festa. Se houver uma interação dos noivos com a câmera, tudo é feito de forma natural, livre de direcionamento.

Muitos fotógrafos dizem que fazem fotojornalismo e utilizam esta expressão erradamente. Quando eles juntam o casal perto da decoração e do bolo e começam a dirigir a cena, já se foi embora toda autenticidade.

O vídeojornalismo para casamento é muito bom pois valoriza os detalhes e o casal pode agir naturalmente durante todo o evento. Então tenha a certeza que não é facil trabalhar assim, onde você tem que ficar a espreita para registrar a melhor cena e capturar pitadas de emoções.
É osso!

Você deve gravar sempre de forma pespojada e descontraída como se estivesse produzindo um vídeo-clipe. Aliás, a própria edição deve seguir esse mote: linguagem clipada. Transmitir a essência do evento de forma sintética e com muita criatividade. No trabalho tradicional, o cinegrafista deve coletar os acontecimentos básios e cronológicos do desenrolar do evento. E a manipulação da cena, forçando a barra para o casal interagir obrigatóriamente com a câmera. Já no videojornalismo o trabalho é dobrado. Deve-se estar sempre de olho no gato e no peixe. Olhou pro gato, gravou, olhou pro peixe, gravou. Tudo espontâneamente.
Pedir pra alguém olhar para a câmera e você filmar é diferente de alguém olhar pra câmera e você filmar. Deu pra entender?


Com uma idéia na cabeça e uma boa edição, pode se criar uma atmosfera dos anos 50 em um casamento do século 21. Foi o que fizemos no casamento de Marcelo Braga.
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